terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Teve queimada, pega-pega vela, passa-anel e muitas histórias...

20 de fevereiro foi dia de encontro com brincadeiras e leituras na Praça do Campo Limpo e, mais uma vez, foi especial experimentar a liberdade de movimentos e gestos naquele espaço, que é tão próximo e ao mesmo tempo tão distante da gente (ainda vamos falar por aqui sobre esse distanciamento que sentimos em relação aos espaços públicos da cidade)!

                                      Foto: Sheila Signário. Crianças brincando de roda.

Brincamos durante três horas: de queimada (fazia tanto tempo... matamos a saudade!!!), pega-pega, passa-anel, de pular corda... e ouvimos muitas histórias com os amigos do Rodas de leitura (valeu, queridos! foi lindo conhecer de perto o trabalho de vocês)!

                                      Fotos: Sheila Signário



Ahhh! Aprendemos um novo tipo de pega-pega com a Bruna e a Kelly: o pega-pega vela, que é mais ou menos assim ó:



Experimente essa brincadeira em espaços abertos! É uma delícia a adrenalina de sentir que está quaaaase sendo pego (aaaaaaaaaai, pegou!!)... e mais delícia ainda quando você é salvo por um "soprinho amigo" e pode voltar a brincar!
:)



E aí, vamos brincar com a gente?

                                      Foto: acervo Rodas de leitura

        Coletivo Brincantes Urbanos, Rodas de Leituras, Sheila Signário e participações especiais!

Nossos próximos encontros
Datas: 08 e 22/03
Horário: das 14h às 17h.
Local: Praça do Campo Limpo (João Tadeu Priolli)
Ponto de referência na praça: brincamos próximo ao seu Carlão, um simpático vendedor de guloseimas!

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Sugestões (gratuitas :) para a criançada brincar o carnaval!


"Ô abre alas, que eu quero passar" 
: )

O carnaval já começou e com ele chega mais uma oportunidade linda de ocupar as ruas e levar as crianças para brincar nos bloquinhos espalhados pela cidade! Como ainda dá tempo de levar os pequenos pra viver essa alegria, selecionamos alguns blocos de rua ou bailinhos gratuitos para este fim de semana.

Além das programações especificamente infantis, é bom lembrar que em todo bloco de rua pode-se levar os pequenos. Já vimos crianças de 0 a 100 anos por aí, colorindo a cidade com purpurina, confete e serpentina!






















Fotos:
Prefeitura de São Paulo (carnaval de rua da cidade)

HOJE - dia 14/02
Carnaval do Bloco do Beco
Para foliões de todas as idades, o Carnaval do Bloco do Beco vai colorir as ruas do Jd. Ibirapuera com a divertidíssima marchinha do poeta Augusto Cerqueira: a Marchinha dos 7 x 1
Quando: hoje, 14/02 das 14h às 22h
Onde: Rua Salgueiro do Campo - Jardim Ibirapuera
Mais informações aqui 
Banda do Seu Lalá
Grupo de baile carnavalesco toca marchinhas antigas de carnavais de salão na praça do Sesc Pinheiros. É gratuito.
Quando: dia 14/02 às 16h
Onde: Sesc Pinheiros (Rua Pais Leme, 195 - Pinheiros)
Mais informações aqui


DOMINGO - dia 15/02
Orquestra Modesta
Grupo formado por palhaços, a Orquestra Modesta irá fazer um cortejo pela unidade do Sesc Pinheiros e finalizar com um bailinho de carnaval na praça. Gratuito.
Quando: dia 15/02 às 16h
Onde: Sesc Pinheiros (Rua Pais Leme, 195 - Pinheiros)
Mais informações aqui

Bloco Curumins da Ademar
Carnaval de rua pra criançada da Cidade Ademar e quem mais quiser chegar com o coração brincante. Concentração e saída do bloco será no domingo de carnaval, a partir das 13hs, na frente do bar do Rui.
Onde: Rua Felicio Cintra do Prado, 152 (em frente ao colégio adventista - alt. 3670 da Av. Cupecê).
Quando: dia 15/02 a partir das 13h
Mais informações aqui 

Cortejo Circense
Uma intervenção itinerante em formato de cortejo na qual artistas circenses e músicos levam para as cenas as tradicionais marchinhas de carnaval. Com a Cia K.
Quando: 15/02, às 16h
Onde: Sesc Campo Limpo (Rua Nossa Senhora do Bom Conselho, 120 - Parque Arariba)
Mais informações aqui


SEGUNDA-FEIRA  - dia 16/02
Bloco do bebê
Adaptado aos ouvidos dos mais novos, o repertório do Bloco Bebê inclui maracatus, frevos e canções da cultura popular dentro do Sesc. Os músicos levam seus filhos em "slings" (panos amarrados ao corpo para carregar o bebê).
Quando: 16/2 às 17h
Onde: Sesc Santo Amaro - r. Amador Bueno, 505 (Estação metrô Largo Treze)
Mais informações aqui



TERÇA-FEIRA - dia 17/02
Orquestra Modesta
Grupo formado por palhaços, a Orquestra Modesta irá fazer um cortejo pela unidade do Sesc Pinheiros e finalizar com um bailinho de carnaval na praça. Gratuito.
Quando: dia 17/02 às 16h
Onde: Sesc Pinheiros (Rua Pais Leme, 195 - Pinheiros)
Mais informações aqui


Bem, mas se nada disso for melhor do que o afã do lar, você também pode chamar amigos e priminhos dos pequenos e fazer um baile em casa mesmo (veja aqui algumas dicas pra ajudar nessa tarefa brincante)!

Ahhh! Não se preocupe com essa história de ter que ir de fantasia... a magia está em deixar o corpo viver a alegria de cantar e dançar por aí. Agora, pra quem está no clima e sem grana ou tempo, deixe a criatividade ajudar. Pode ser gostoso pintar o rosto/corpo com tinta, purpurina, sair de roupa toda colorida ou até mesmo fazer seu próprio adereço (espie algumas sugestões aqui, ó)! 

Bóra viver momentos mágicos na cidade sem precisar gastar muita grana? 

Foto: Cassimano/facebook Bloco do Beco

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Nosso coletivo no site do Catraquinha :)

Oi gente!

Saiu uma matéria muito bacana sobre o Projeto Comigo Não Morreu! no Catraquinha (site com vários materiais legais sobre a infância)!

Vejam aqui a matéria:

Coletivo fomenta brincadeiras tradicionais na Praça do Campo Limpo, em São Paulo

Ficamos com o sorriso de orelha a orelha pois, por conta da matéria, recebemos contato da Mayara Rufato, moradora de Ribeirão Pires que está querendo brincar nas praças da sua cidade também! E já combinamos de ela vir brincar com a gente na Praça dia 21/02, nosso próximo encontro!

Coisa linda essa potência da internet, não é? ampliando e conectando pessoas e sonhos!

Abraços brincantes em vocês!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Conheça o Projeto Comigo Não Morreu!

Projeto Comigo não morreu foi contemplado no Edital Redes e Ruas (de inclusão, cidadania e cultura digital).

Nele propomos:

- Encontros de brincar: quinzenalmente, na Praça do Campo Limpo (Praça João Tadeu Priolli);
- Oficinas do brincar: encontros mensais para trocarmos repertórios de brincadeiras. Serão convidad@s educador@s, pais, mães e demais pessoas interessadas na cultura da infância;
- Criação deste blog ;) para trocarmos ideias sobre as ações realizadas na praça, cultura da infância, ocupação dos espaços públicos, etc. Também traremos dicas de atividades para os pequenos (em especial as gratuitas, e em espaços abertos :)!
- Mapeamento do brincar: pesquisa sobre outros grupos, instituições e pessoas que promovem o brincar na cidade!

Aqui um vídeo de 2 minutos onde a Bia conta um pouco do que queremos aprontar:





A ideia era só passar para divulgar o projeto, mas...


Fim de tarde do sábado... nossa ideia era passar na Praça do Campo Limpo para, além de divulgar nosso 1º encontro por lá, olhar o local com cuidado, pensando no melhor cantinho pra fazer as brincadeiras, no aconchego para as crianças, etc. Já de cara, uma ótima impressão: nos deparamos com uma praça viva, ocupada por crianças, jovens e adultos. A grama cortada e limpa (um belo convite pra ocupar e conviver nela)! 

Começamos a circular e conversar com as crianças e os adultos, contando do nosso desejo de brincar ali, e convidando todo mundo pro nosso encontro do dia 07/fev. Todos muito abertos a ideia do projeto: brincar como antigamente, com corpo em liberdade, com cantigas e cordas, podendo correr e gritar! 

Engatamos prosas deliciosas com pais e mães, que  dispararam a lembrar suas brincadeiras prediletas: taco, rouba bandeira, bolinhas de gude, cinco pedrinhas, queimada, mãe da rua foram as mais lembradas. Antônio Aparecido dos Santos contou com brilho nos olhos várias das suas "brincações" pelas ruas e terrenos baldios de Taboão da Serra, onde cresceu. Dizia para sua companheira, sentada ao lado: "Lembra, nega, a gente brincando na rua até escurecer? era muito da hora. Agora as crianças não tem mais isso, não! É uma pena...". Mas, enquanto Antônio lamentava o fato de sua filha não ter a mesma liberdade que a sua, notamos uma movimentação de uma mulher querendo pular corda, logo ali do nosso lado!

Sim, era uma mãe que já sabia do projeto e viu a Diana pegando uma corda da sacola (brincantes andam sempre equipados ;), junto com sua família aproximou-se da gente e, sorridente, se posicionou no meio da corda dizendo "posso pular?". E começamos a brincar. Logo, outras crianças e outros adultos foram se achegando, sedentos por reviver a simplicidade e alegria que fazem morada no brincar! Quando vimos, já não era uma corda sendo movimentada, e sim duas, sendo batidas ao som de várias outras parlendas e brincadeiras lembradas por todos. Antônio também entrou na brincadeira, e reviveu um pouquinho da infância em Taboão da Serra. Saiu sorridente que só, depois de mostrar que é mestre na brincadeira!

Ninguém mais era pai, mãe, filha ou filho: eram meninos e meninas brincando, sem se importar com mais nada que não fosse aguentar pular sem errar (principalmente na hora do foguinho :), ou conseguir passar em baixo da cobrinha! Havia alguma magia no ar. Cheiro de água de mangueira ou fruta colhida do pé! Havia sede daquela leveza e espontaneidade que só a brincadeira tem, porque o brincar tem esse poder aglutinador, que une e que acolhe a todos.



No brincar o tempo fica suspenso, não percebemos ele passar, simplesmente vivemos... e foi assim na tarde do dia 24/01. Passamos três horas ali, e quando nos demos conta, precisávamos ir embora. Marcamos nosso próximo encontro e fomos pra casa, com um gosto especial de ter vivido um encontro raro, e de querer mais, muito mais...



terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Quem somos


Mas não, mas não
O sonho é meu e eu sonho que
Deve ter alamedas verdes
A cidade dos meus amores
E, quem dera, os moradores
E o prefeito e os varredores
Fossem somente crianças
(A cidade ideal - Os Saltimbancos/Chico Buarque)

Diana, Cris, Mara e Bia. Este é o Coletivo Brincantes Urbanos!

Sonhamos com uma cidade que acolhe suas crianças e que, mesmo não tendo muito mais ruas livres e terrenos baldios como antigamente, ainda oferece espaços públicos como as praças, que estão nos chamando para encontros, trocas e afetos. Acreditamos que a cidade atual, com suas dificuldades, carros, barulhos, medos e perigos, precisa se tornar cada vez mais a cidade de nossos sonhos, pois  ao abandonarmos a cidade, corremos o risco de também nos abandonarmos. Nosso Coletivo surge com este desejo, de ajudar a cultivar o brincar e a alegria da infância nas nossas praças!

Somos quatro educadoras brincantes:

Bianca Pereira
Cresci entre São José do Rio Preto, interior do estado, e a capital de São Paulo. No interior aprendi a nadar em rios, subir em árvores, brincar com a terra. Conectei-me com intimidade com a natureza. Na cidade, vivi nas ruas da Vila Mariana e Interlagos, onde brinquei de taco, queimada, elástico e de casinha. Me formei em psicologia e enveredei pelos caminhos do brincar, da cultura da infância e do desenvolvimento social.

Cris Lima
Cresci nos quintais e ruas das periferias de Taboão da Serra e São Paulo, brincando de amarelinha e pulando corda - do que me alimento até hoje! Com 7 anos, tentando aprender a andar de bicicleta com minha madrinha, me arrebentei num muro, no fim da rua. Mas o que ficou mais forte em mim? a sensação do ventinho no rosto das pedaladas de verão... Menina crescida, me formei em psicologia e cada dia me inquieta mais a maneira com que lidamos com as crianças: com tanto remédio e tão pouco brincar! Ahh! Minhas aventuras atuais têm sido em espaços e projetos de educação, cultura e direitos humanos.

Diana de Sousa
Vivi nas ruas da zona sul de São Paulo: Jd. Rosana, Vila São José, Jd. Inocoop e Valo Velho. Nesses terreiros, vilas e jardins, compartilhei com outras crianças muitas brincadeiras e, entre as prediletas estavam o taco, pula-cela e esconde-esconde. Hoje, professora brincante na educação infantil e pesquisadora de corpo e movimento, sonho em reviver  na cidade  a cultura do brincar nos espaços públicos.

Mara Esteves
Cresci pulando os muros dos terrenos baldios de Taboão da Serra, subindo em pé de amora, goiaba e ameixa. Brincando de pega-pega e meu mestre mandou, volta e meia estava atrás dos moleques e suas brincadeiras preferidas, não entendendo o por quê não podia andar sem camisa, como eles. Meu sonho era ter um carrinho de rolemã só meu. Hoje, educadora-brincante e estudante do curso de Letras, sonho com uma educação libertária e com a brincadeira como espaço de criação e construção do ser humano.

Vamos brincar com a gente?